sábado, 28 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
PARA RESERVAR BILHETES....(para o espectáculo da Carminho)
1. Procurar na Net o site do CCB
2. Registar-se ...
3. Comprar o bilhete (desde cinco euros a trinta conforme o lugar que se pretenda)
...
mais facil não pode ser, e para o transporte o pessoal pode agrupar-se.
2. Registar-se ...
3. Comprar o bilhete (desde cinco euros a trinta conforme o lugar que se pretenda)
...
mais facil não pode ser, e para o transporte o pessoal pode agrupar-se.
Carminho ao Vivo no CCB - 9. Dez: 21 H
Carminho apresenta o seu disco de estreia como fadista, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém.
A Carminho é neta da Dona Teresinha, da Casa dos Paços, de Ota. Filha da Zizi e do Nuno Rebelo de Andrade.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Bem Vindos "OTTA ENTRELINHAS"
Nasceu mais um blogue na comunidade de Ota, http://ottaentrelinhas.blogspot.com, e pretende ser um espaço de informação, encontro e diálogo entre os residentes e amigos de Ota. Alegramo-nos com isso e desejamos muitas felicidades a quem teve a iniciativa. O Movimento Cultural OTACUL tudo fará para ser um bom colaborador nesse projecto. Parabéns.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Freguesia de Ota - Historial
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O documento constante abaixo, apesar de incompleto, contém informações históricas interessantes e esclarecedoras, relacionadas com a nossa Freguesia e o viver da sua população.
A obtenção do referido texto resultou da cedência por parte dos jovens, André Lopes e Nelson Mota, naturais de Ota, que há vários anos têm dedicado grande parte do seu tempo disponível ao campo da arqueologia, na procura local e documental, numa constante preocupação de saber e dar a conhecer, mais sobre a nossa Terra.
A cópia do documento foi obtida na Biblioteca Municipal de Alenquer.
FREGUESIA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO DE OTA
Esta freguesia que é a menos populosa do concelho, compõe-se da antiga freguesia de Ota e parte da de s. Bartolomeu do Paul, já extinta. Esta última paróquia que tinha sede em terreno que hoje é da freguesia de Ota . A igreja era de um altar único sem sacrário, e bastante tosca. Não tinha capelão residente porque apenas contava 5 vizinhos. A paróquia compreendia a grande paul que estende mais de uma légua e as quintas de Val de Mouro e da Granja que cremos ser a que hoje se chama Quinta do campo. Os dízimos eram do hospital de Lisboa e rendiam geralmente mais de 100 moios de pão. Ignoramos o ano em que esta freguesia deixou de existir. Legalmente nunca foi extinta, mas quando a igreja caiu em ruína o terreno foi repartido amigavelmente entre as freguesias de Ota e Vila Nova da Rainha. A igreja em 1851 já servia para recolher gado.
A freguesia de Ota tem a sua sede no lugar de Ota e como logo se verá remonta em antiguidade às primeiras épocas da monarquia, Em outro tempo era curado anexo a S. Pedro de Alenquer e tinha apenas uns 32 vizinhos, Actualmente tem 74 fogos, 195 almas do sexo masculino e 115 do feminino; total 310 almas de ambos os sexos.
O pároco vence apenas 120$000 reis de côngrua, que provém 110$000 reis da derrama e 10$000 reis do pé do altar.
A matriz predial compreende apenas três propriedades grandes, que são a Quinta da Vassala, de Ota e da Torre.
O rendimento colectável de todos os prédios inscritos é de 5.132$305 reis.
A freguesia possui, segundo o último recenseamento, o seguinte gado:
Cavalar 57 cabeças no valor de 775$000 reis
Muar 6 cabeças no valor de 159$000 reis
Assinino 30 cabeças no valor de 155$000 reis
Bovino 193 cabeças no valor de 3.222$000 reis
Lanar 41 cabeças no valor de 23$240 reis
Caprino 623 cabeças no valor de 589$400 reis
Suíno 45 cabeças no valor de 245$800 reis
........995 cabeças no valor de 5.170$40 reis
OTA – É uma pequena povoação que orla a estrada real de Lisboa às Caldas, e dista de Alenquer aproximadamente uma légua. É sem dúvida de grande antiguidade porque segundo a “Monarquia Lusitana” o papa Celestino III em 1195 confirmou ao mosteiro de Alcobaça o lugar de Ota, que D. Sancho já lhe havia dado. Há tradição que esta terra, anterior à invasão francesa, era de maior importância, mas parece-nos que é erro. É verdade que havia aqui feira anual em domingo do Espírito Santo, que daria algum ânimo à terra, mas em 1750 contava apenas 20 vizinhos enquanto que hoje tem o dobro. Os franceses fizeram nestas proximidades um acampamento, e com aquele vandalismo que os distinguiu, derrubaram casas e até os arvoredos, mas hoje esse prejuízo está todo reparado e o lugar está florescente como nunca.
A igreja paroquial está no centro deste lugar, e é um templo pequeno e tosco, mas contudo muito asseado, graças à dedicação do reverendo pároco actual. O orago é o Divino Espírito Santo, mas no altar mor acha-se também Nossa Senhora da Conceição. O altar colateral da direita é do Santíssimo, o da esquerda é de Nossa Senhora das Dores.
O edifício provavelmente foi reedificado no presente século, porque em parte nenhuma apresenta sinais de antiguidade. À entrada da capela mor, há uma campa com a era de 1567, mas o nome do defunto foi coberto pelo ladrilho que há pouco se mandou assentar. Fora da porta há outra campa com a inscrição:
Sª. De J. e F.co do Rego, 1691
É tradição que a primeira campa cobre as cinzas de uma parte que deixou certos bens à Igreja e consta-nos que ainda existe documento deste legado ou doação.
O cartório não alcança além de 1813 por ter sido destruído pelos franceses. Próximo à Igreja havia em outro tempo um hospital para os pobres.
Ota tem granjeado uma celebridade sinistra pelas sezões de que é vítima e que tem a sua origem na grande lagoa ou pântano chamado Bunhal. Esta lagoa e as terras adjacentes são da coroa, pertenciam ao almoxarifado de Azambuja, mas em tempos modernos foram hipotecadas e param na casa de Mesquitella. Além desta há também uma outra causa nas terras denominadas o Paul, que por falta de despejo das águas invernais também contribuem para este terrível flagelo, que por vezes tem dizimado o lugar. As terras do Paul na primitiva foram doadas aos monges de Alcobaça e este abriram uma extensa vala para dar despejo às águas. Depois em virtude das transacções diversas do Paul passou à casa de Castello Melhor, com condição de limpeza da vala uma vez cada dois anos sob pena de revogação da doação do contrato. A casa de Castello Melhor impunha um ónus aos lavradores de 10 arqueiros e meio por cada moio de semeadura a título de contribuição para a limpeza da vala, mas tendo-se procedido à sua limpeza em 1820, que custou 8 contos de reis, cremos que passaram 40 anos se que tal trabalho se fizesse. Isso com grande prejuízo da saúde do concelho em geral e do lugar de Ota em especial.
Todas estas terras tinham desde há muitos anos o privilégio de couto, quer dizer, tinham privilégio de ninguém poder caçar dentro delas sem licença. Deste privilégio resulta que ladrões e malfeitores refugiavam-se nessas matas afoitamente com grande prejuízo da justiça. A abertura da estrada real antiga que por estas terras passava aumentou esse mal, e ainda no século passado ninguém se atrevia a ir em romaria de Nossa Senhora da Ameixoeira sem ser de rancho ou bem escoltado. Nas cortes de 1948 D. Manuel recebeu um pedido do povo para que descoutasse algumas matas do reino, e ele anuiu, mas deixou contudo o Paul de Ota com privilégio de couto. Em 1594 Filipe II descoutou muitas das matas que ficaram mas também conservou o couto nas terras de Ota. Presentemente o privilégio de couto não existe, mas estas terras pela sua grande extensão e falta de cultivação…
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